bcome 28 de junho de 2022

O Dia do Orgulho LGBTQIA+ e a luta nas ruas

A luta das pesssoas que se identificam como lésbicas, gays, bissexuais, transgêneros, queers, interssexuais, assexuais [e +] já chegou às ruas, e pode ser vista, também, na criação do Dia do Orgulho LGBTQIA+, que é celebrado em 28 de junho em homenagem à Revolta de Stonewall Inn.

Este dia tem como objetivo conscientizar as pessoas sobre a importância do combate à LGBTfobia, visando construir uma sociedade livre de preconceitos orientados pela orientação sexual e pelo gênero.

Esse marco na história da luta contra a LGBTfobia aconteceu devido a uma invasão da polícia de Nova York, em 1969, no Stonewall Inn, um dos mais conhecidos bares gays da cidade nos anos 60.

A explicação para tal invasão - que foi a terceira em um curto período de tempo - era de que o local não tinha licença para a venda de bebidas alcoólicas e não seguia outras regulamentações necessárias.

No entanto, ao entrarem no bar, os policiais prenderam funcionários, agrediram e levaram sob custódia alguns frequentadores travestis e drag queens que "não estavam usando ao menos três peças de roupa 'adequadas' a seu gênero, como mandava a lei".

Cansadas de tanta opressão policial, as pessoas que assistiam ao que estava acontecendo, começaram a atirar objetos nos policiais.

Neste dia, a luta contra a LGBTfobia chegou - literalmente - às ruas e se tornou referência mundial.

E se falamos sobre luta nas ruas, temos que falar sobre a Parada do Orgulho LGBT+ de São Paulo, que acontece anualmente desde 1997 na Avenida Paulista e é considerada a maior do mundo.

Promovida pela Associação da Parada do Orgulho LGTB+ e pela Secretaria Municipal dos Direitos Humanos e Cidadania (SMDHC), é uma manifestação social que reivindica direitos, promove a visibilidade e celebra a diversidade com ações políticas e afirmativas.

Esse ano, após dois anos de encontros online devido à pandemia, a 26ª edição voltou a acontecer presencialmente, no dia 19 de junho e reuniu cerca de 4 milhões de pessoas na Avenida Paulista.

Desde 2016, ano em que a manifestação completou 20 anos, a Parada do Orgulho LGBT está incluída no calendário oficial de eventos da cidade. Essa foi uma decisão do então prefeito em exercício, Fernando Haddad.

Você sabia que, neste mesmo ano, o elenco da série original Netflix, Sense8, gravou cenas da segunda temporada em cima de um trio elétrico do evento?

Se você ainda não conhece essa série, esse é um ótimo motivo para conhecer [#recomendaçõesFREELAS], Ela estreou em 2015 e conta a história de oito desconhecidos que passam a compartilhar sentimentos e habilidades entre si, sendo cada um de um país - e cultura - diferente. Mas, muito mais que esse enredo, a série retrata a vida de pessoas LGBTQIA+, como a personagem Naomi, que é uma mulher trans e possui um relacionamento com outra mulher.

Mas, apesar de o Brasil ser destaque e referência nesse quesito, ele - infelizmente - também lidera o pódio no ranking de países com mais pessoas LGBTQIA+ assassinadas no mundoSó em 2021, o país registrou 300 ocorrências de mortes violentas, um aumento de 8% em relação a 2020. Com um total de 276 homicídios e 24 suicídios, o país teve uma morte a cada 29 horas. E esses são dados contabilizados, mas você já parou para pensar em quantos não chegamos perto nem de saber?

A luta pelos direitos e pela visibilidade da comunidade LGBTQIA+ já chegou às ruas, como na Revolta de Stonewall Inn e na Parada do Orgulho LGBT, mas também já chegou dentro de muitas casas, como em Sense8.

Que neste 28 de junho, possamos abrir mais espaços - nas ruas ou nas casas - para essa luta chegar!

Maria Mariana Maria Mariana é coordenadora de Comunicação e Marketing do BCOME e mestre em política social pela Universidade de Lisboa. É comunicóloga, publicitária e pesquisadora de Responsabilidade Social Corporativa e Desenvolvimento Sustentável.
Gabrieli Schlickmann Gabrieli Schlickmann é estagiária de Comunicação do BCOME e graduanda em Jornalismo na Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC).

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